Eu vi claramente o cenário cair em cima da Ângela. Gritei e corri para a ajudar, tentando a puxar para longe, mas ela me rejeitou e sacudiu minha mão. Num instante, houve um estrondo, o cenário desabou, e tanto eu quanto Ângela não escapamos ilesas.
Felizmente, eu estava um pouco afastada do ponto de impacto e evitei ser atingida, mas Ângela, por ter se debatido um pouco mais, foi atingida pela prancha quando caiu.
Ouvindo os gritos dos convidados no terraço, alguns correram para pedir ajuda.
A Ângela, com a perna presa sob o painel, gritava e me xingava.
Eu sentia uma dor lancinante no tornozelo, mas, temendo mais desabamentos, me forcei a levantar, querendo a ajudar a se levantar.
- Luiza, você é cruel! Por que você me armou essa cilada? - Gritou Ângela.
- Se levante primeiro e veja se está ferida! Eu já disse que não fui eu quem te chamou aqui... - Eu explicava, tentando a ajudar a se levantar.
Neste momento, muitas pessoas vieram correndo para o terraço. Ângela ainda chorava e