Covarde. É, é exatamente isso que eu sou, uma grande covarde. Eu não consegui contar a verdade, pelo contrário, eu saí de lá às escondidas e nem vi a entrega do anel de noivado. Eu perdi o momento mais especial da minha amiga por medo de ser descoberta pelo Oliver.Entro em casa e olho o lugar vazio, agora eu sou a única moradora daqui, não tenho mais a Hanna para me fazer companhia. Sento no sofá e tiro meus sapatos jogando-os no canto, coloco a máscara de lado e pego o telefone para olhar as últimas postagens do pessoal." Onde você está? Não acredito que você fugiu de novo, Karah" Olho a mensagem da Hanna e em seguida olho os vídeos que ela enviou. Meu coração aperta quando vejo todos se divertindo e eu aqui sozinha. Jogo o telefone de lado e me deito, o melhor que tenho a fazer agora é descansar, pois amanhã tenho trabalho e vou ter que enfrentar o busão lotado sozinha. — Eu tenho que arrumar um novo emprego — sussurro antes de pegar no sono.— Karah, você sumiu da festa ontem, o
OLIVER CARTER — Amanda, já conseguiu acertar as coisas lá no hotel? — Pergunto e ela confirma.— Sim, já está tudo em ordem. Ou melhor quase tudo.— Por que quase tudo? — Bem, ainda preciso encontrar um relações públicas para cuidar da comunicação do hotel e os clientes,imprensa… enfim, falta só isso.— E por que você ainda não colocou alguém, não achou ninguém ainda? Aqui nós temos uma boa grade de funcionários, tenho certeza que vai achar um que saiba lidar com o público.— Bom, eu sei e já andei olhando algumas fichas, mas é que tem uma camareira lá no hotel que…— Não acredito que você está demorando porque quer tentar ajudar uma camareira — interrompi-a. — Amanda, eu sei que sempre avaliamos o potencial e oferecemos oportunidades, mas antes precisamos conhecer o potencial de cada um primeiro.— Eu sei disso, Senhor Carter, mas acredite, a garota tem potencial. Eu olhei o currículo dela e além de ter um perfil bom, ela ainda é fluente em inglês.— Sério? — questiono curioso.—
— Oliver, eu não vou sair e deixar você aqui para maltratar a Karah — minha avó diz irritada. — Luíza, leva ela — falei entredentes.— Oliver! — Minha avó pára na minha frente, sua cara não está nada boa. — Você pode me explicar o porquê desse comportamento? — Ei, senhora — a maldita mulher fala, chamando a atenção da minha avó. — Não precisa ficar nervosa com ele, nós… eu conheço ele. Está tudo bem — força um sorriso. — Tem certeza, minha querida? Se você não quiser, não precisa ficar aqui e falar com esse ogro — me olha com reprovação.— Está bem sim, nós nos conhecemos.Encaro a mulher e ela em nenhum momento me olha, está evitando ao máximo, mas vamos ver até onde isso vai dar, porque ela não vai conseguir escapar sem me dar uma boa explicação.— Tá vendo, vovó, eu e a Karah — falo seu nome lentamente — nos conhecemos. Vá com a Luíza.— Está tudo bem então, mas eu já vou deixar avisado, trata bem a minha querida amiga — diz encarando-me com um olhar de aviso. Não acredito que e
KARAH LANG Eu chego em casa cansada, exausta na verdade, eu trabalho muito, sou camareira em um hotel cinco estrelas. Trabalho exaustivamente, mas amo o meu trabalho, vejo tanta gente chique todos os dias. Eu moro com minha amiga Hanna ela também trabalha lá, no esplêndido Sandler Hotel. —Então já preparou sua roupa para a despedida de solteira da Alice? —Hanna pergunta assim que chega da rua, ela segura três sacolas enormes. —Eu não, estou morta de cansaço, você pode me dar um tempo! — respondo pulando no sofá. —Bom, aqui está! Eu imaginei mesmo que você não tinha arrumado nada, vista isso! — me entrega duas sacolas. Eu abro e fico sem palavras olhando as roupas, uma peruca loira e um micro vestido que mal cobre a bunda.—E não reclama, você vai usar isso sim. —Avisa quando vê minha cara —O tema é cabaré e nós vamos de puta, querida! —Ela fala e sai rindo, deixando-me lá sem coragem nem pra tirar as roupas da sacola.Eu vou para meu quarto e me olho no espelho. —É depois de uma
Eu olho bem quando ele me encara e fico ainda mais passada com a beleza do homem, até a Alice de longe encarou-o, que pedaço de mal caminho. Alto, deve ter uns um e noventa de altura, ombros largos, braços fortes e quando eu passei as mãos no seu abdômen deu pra sentir que é bem definido, cheio de músculos, esse sim é um homem de tirar o fôlego, literalmente! Quando ele cruza os braços sobre o peito, eu só consigo pensar "—Que homem gostoso é esse! — Eu falo mentalmente." Eu realmente seria uma puta pra ele, na cama. Eu me assusto com meus próprios pensamentos, de repente ele, que estava me encarando com um olhar de ódio fala: —Então, vai continuar me encarando e me incomodando!? Eu realmente não tenho interesse nos seus serviços —diz e vira de costas pra mim, eu olho a bunda dele e continuo provocando-o, eu juro que não sei de onde saiu essa mulher cheia de luxúria e palavras baixas, mas eu estou me divertindo cada vez mais. —Ah, gostoso. Jura que eu não vou poder provar essa delí
Eu não sei quantos orgasmos eu tive, perdi as contas. Ele me virou de costas pra ele e me pediu para ficar de quatro, eu mal consegui me levantar e quando fiquei na posição, ele segurou-me pelos quadris e novamente me penetrou, foi outra onda de prazer. Eu me senti muito confortável nessa posição, fiquei tão à vontade que comecei a rebolar no pau dele, parece que ele foi feito especialmente pra mim, porque me completou de uma maneira inimaginável. Ele se debruçou nas minhas costas e segurou meu pescoço, apertando lentamente, eu soltei um gemido alto com esse movimento, ele segurou mais forte e puxou-me pra ele, sua boca colou no meu ouvido. —Ta gostando, vadia? —falou com aquela voz de desejo. Ser chamada de vadia naquela posição, por aquele homem… eu gostei muito daquilo tudo. Ele dá tapas na minha bunda e puxa-me contra ele cada vez mais forte. Suas investidas se tornam mais rápidas e mais fortes, eu não aguentei mais e finalmente cheguei ao clímax. —Ahhh! ... Ahhh ... Está muit
KARAH LANG Depois de horas naquela lata de sardinha, nós finalmente descemos, finalmente estamos no hotel. É um sufoco essa viagem todos os dias. O hotel é enorme, tem uma fachada glamurosa, espaços perfeitamente decorados, se você pensar em luxo é o Sandler Hotel. Como todos os dias, assim que chegamos já vamos logo nos trocar e pegar os carrinhos de limpeza, temos muito trabalho para fazer. Eu estou indo tranquila para elevador de serviço quando meu pobre carrinho tromba com a jararaca da Maria, ela é a gerente daqui. Uma loira ridícula e exibida, se acha a última bolacha do pacote e gosta de pisar na classe trabalhadora, que no caso, somos nós o pessoal da limpeza. —Você não enxerga não, sua incompetente! Olha o que você fez, sua inútil! —Ela grita passando as mãos no pé que foi pisado pelas rodinhas do carrinho. Coitadas das rodinhas. —Me desculpe, senhorita Maria, eu realmente sinto muito, vou providenciar o kit de primeiros socorros e ... —eu estou sendo sarcástica, mas ela,
Doeu vê ele abraçando outra mulher todo sorridente, muito diferente do homem bravo da boate. Eu me senti tão insignificante quando ele passou do meu lado e nem me viu. Realmente essa indiferença dele me afeta, eu trabalho o resto do dia cabisbaixa, tanto que a Hanna nota minha tristeza. —O que houve com você, mulher? Por que está com essa cara? —Ela pergunta assim que saímos do ônibus. —Você não vai acreditar no que vou te falar, mas vai lá — faço uma pausa dramática e olho pra ela —eu vi o homem da boate hoje lá no hotel —digo lentamente e ela fica boquiaberta. —Você realmente viu o gato? Mas e aí, continua, como foi? —pergunta histérica. —E aí nada, ele nem olhou pra mim — falei triste —ele estava acompanhado de uma mulher maravilhosa e pelo jeito ele é muito rico, não vai enxergar uma simples camareira como eu, né! Minha noite foi muito ruim, não consegui parar de pensar naquele homem. A Hanna até tentou me convencer a ir atrás dele no dia seguinte, me explicar e me aproximar,