24 horas antes do Karaokê
— MARK! SAIA DESSA CAMA AGORA! — Ouço Hillary gritando da porta e batendo implacavelmente, como se sua vida dependesse disso.
Ignoro-a, e me aconchego mais aos meus travesseiros, preciso dormir para esquecer, já que nem beber mais esse ser humano desprezível me deixa beber.
— Mark!!
— Me deixa em paz! — Brado da cama, puto por ela ter me acordado e por todo esse inferno que ela está fazendo. Me movo brevemente para olhar o relógio na mesinha de cabeceira. Porra, são sete horas da manhã.
— Se você não se levantar, eu vou te arrastar daí.
— Seria um espetáculo ver você tentar. — Murmuro.
O rosnado que vem do outro lado da porta me avisa que não falei baixo o suficiente, escuto seus saltos ecoando pelo corredor até sumir. Sério que ela desistiu fácil assim? Porra, que milagre. Viro-me de costas para a porta e deixo o sono tomar posse do meu corpo mais uma vez.
Estou quase apagando, quando sou atingido por uma água estupidamente gelada, que me faz saltar da cama