ANGELINA
— Pode entrar! - jogo todas as coisas na caixa e empurro para baixo da cama.
— Eu não quero te interromper.. Só... Só fiz chá de morango e trouxe pra você. - Diz colocando a xícara em cima do criado mudo.
Sorrio levemente ao sentir o cheiro crítico adocicado que exala do vapor de xícara.
— É o meu favorito...
— Eu sei, Eu fazia quando você era criança, talvez ajude... - Suspira, se afastando.
— Já vai?
— Não quero tornar isso mais difícil para nenhuma das duas. Espero que tenha desabafado com seu pai.
— Sim, eu desabafei. E queria que estivesse lá para ouvir mas você saiu...- digo baixo.
— Porque o que eu tinha para falar não era o que você queria ouvir. Mas se quiser me dizer o que está sentindo, pode me falar. Do fundo do seu coração.
— Não quero dizer nada, só espero que não esteja assim porque está decepcionada comigo. Eu sei o que sempre esperou de mim, que sempre esperou que eu fosse tão forte quanto você.
— Minha filha, nada do que você faça vai me decepcionar..Eu te