10 de fevereiro
11:30
Olho para a tela do celular e o indicador de chamada mostra que a ligação é do Barry. Sorrio.
— Oi...achei que tinha me esquecido de vez.
— Se eu tivesse alzheimer teria uma boa chance de que você seria a última pessoa que eu esqueceria. - sua risada rouca soa do outro lado.
— Você é um fofo. Estou com saudades...
— Como estão as coisas por aí? Com seu relacionamento e o russo?
— Muito difíceis... Barry. Estou muito confusa, me sinto bipolar, meus sentimentos mudam toda hora e minha mente troca de pensamento de um segundo para o outro. Uma hora penso que tudo bem ficar aqui, estou acostumada com ele é o melhor para minha família, que a culpa é minha então que eu lide. Outra hora que isso não é vida, que meus pais não me criaram para sobreviver e sim viver, que eu não mereço passar por isso e que fui aprisionada pelo homem que confiei a vida toda. As vezes acho que posso ama-lo, as vezes acho que não...
— E o que sente por ele agora?
— É meio vergonhoso falar d