-Isso foi bom, Amber. Eu sabia que eras uma boa escolha.
-Parece que as aulas de dança e teatro foram mais úteis do que eu pensava. E pensar que a minha mãe disse que era uma perda de tempo.
Os dois sorriram um para o outro. Ainda havia alguma tensão sexual, pelo que o humor ajudou a dissipá-la.
-Bem, que assunto privado era suposto discutirmos?
-Tenho o contrato redigido pelo advogado para tu assinares. Nele está escrito tudo o que acordámos, mais uma conta onde será depositado um salário mensal por cada mês em que fingir ser minha namorada.
-Foi muito difícil mudar a mamã?
-Não, mas ela perguntou muito por ti. Hoje estou a trabalhar em casa porque é sábado, mas o teu motorista, Mário, pode levar-te a vê-la quando quiseres. Aqui está o contrato.
Marco põe os papéis em cima da mesa.
Ela assina-os sem ler.
-Porque é que não leste?
-Porque confio em ti.
-Não devias.
-Não? -E porquê?
-Porque não devias confiar em ninguém. Já devias saber como o mundo funciona.
-Acredita em mim, eu sei. A