HELENA
QUANDO CHEGUEI EM CASA, já eram quase seis horas da tarde. Ao ouvir os gritos que vinham do andar de cima, joguei a bolsa no chão e subi os degraus da escada correndo, quase aos tropeços. Quando entrei no quarto das minhas filhas, encontrei a minha mãe com Ana nos braços e a pediatra das meninas examinando Cecília, que não parava de chorar.
— Que bom que você chegou. Liguei por diversas vezes e só caia na caixa postal.
— Acabei colocando o celular só para vibrar, devido ao evento. O que ela tem?
— Está ardendo em febre.
Aproximei-me e segurei na mãozinha da minha princesa. Dra. Suzan, que está concentrada a examinando, assim que terminou se manifestou.
— Não tem nada fisicamente que explique o motivo dessa temperatura tão alta, mas talvez emocionante, deve ter algo que a fez ficar assim. Houve alguma mudança na rotina dela?
Eu logo me lembrei de que, com a viagem de Enzzo para Belgrado, já tinha uns três dias que ela não via o pai e como ele chegou e foi direto para o e