OMAR
UM TREMOR VIOLENTO ME ATINGIU POR DENTRO. Meus pulmões estavam aos espasmos, à raiva incendiando em minhas veias e por mais que eu quisesse desviar atenção da imagem a minha frente, fiquei completamente imóvel.
Eu mais parecia uma verdadeira estátua humana. Diante daquela fotografia e apesar de tantos anos terem se passado, eu jamais esqueceria aqueles malditos olhos e a sensação que senti quando eles ficaram grudados nos meus. Não sei quanto tempo se passou, mas quando voltei ao meu estado de lucidez, de imediato minha voz ressoou no ambiente.
— Quem deixou essa maldita caixa?
— Ela foi encontrada na troca de turno do pessoal da guarita e presumindo que fosse alguma informação do paradeira da princesinha da máfia, após passar pelo rastreador e constatar que não tinha nenhuma substância explosiva, um dos nossos homens trouxe até a mim.
— Quero todas as imagens da parte externa da mansão.
— Agora mesmo, chefe.
No momento que o homem sumiu do meu campo de visão, levei minhas mãos