Malena sabia que deveria abrir os olhos quando o cheiro que enchia a sala a despertasse. Já deve ter sido de noite, porque a fraca iluminação do candeeiro de cabeceira foi a primeira coisa que acariciou suas pálpebras.
Cheirava deliciosamente, a sopa de frango e vegetais cozidos, e a lembrava de se levantar e comer. O médico lhe havia dito que ela precisava comer e ganhar peso, que precisava ser forte.
Ele abriu seus olhos lentamente, tentando se ajustar à luz dura da lâmpada, e na semi-escuridão ele fez a sombra de um homem. Um homem que não era Ryan. Seu primeiro instinto teria sido saltar da cama com a perigosa invasão de um estranho, mas isto também não era estranho.
Malena deixou seus alunos se adaptarem à luz e olhou para ele, sem palavras, sem uma única emoção no rosto para dar à causa italiana a oportunidade de reagir.
Ele usava uma camisa preta dobrada descuidadamente até os cotovelos, os dois primeiros botões se abrem, revelando uma fração provocativa de seu peito musculoso.