MAYA DURAND
SUAS PALAVRAS ATINGIRAM OS MEUS ouvidos como se uma lâmina afiada tivesse sido cravada em minha pele. Eu não podia acreditar em meus ouvidos e por um momento imaginei estar sob forte delírio e sem que tivesse qualquer controle, indaguei:
— O que disse?
— Eu sou King Coleman.
Paralisada! Incrédula! Era assim que me encontrava enquanto não parava de sacudir a cabeça em negativa. Quando saí do transe que estava, as palavras escaparam da minha boca por conta própria.
— Isso não pode ser possível? O King está morto. Por que você está fazendo isso?
— Para infelicidade de muitos, eu estou vivo. Tentaram, mas não conseguiram se livrar de mim, muito pelo contrário, estou bem vivo. Agora me diga, o que você fez com o colar que dei a você?
Movo as duas mãos em direção ao colar que está no meu pescoço, retirando em seguida o objeto que estava usando e ao tê-lo em minhas mãos, abro o pingente relicário.
— Eu prometi que nunca ia me separar dele, mas ficou pequeno e assim que