Hadassa
(...)
A carruagem foi consertada e já estamos bem próximos do castelo, porém já anoiteceu.
Eu me sinto muito amedrontada. Não sei o que vai acontecer, não sei se eu deveria estar aqui.
Faz tanto tempo desde a última vez...
Relapcios da noite em que eu fui atingida pela flecha envenenada há décadas atrás começam a torturar a minha sanidade, forçando-me a mover a cabeça frenéticamente.
Trento, percebendo a minha agitação, deposita o seu braço por cima de meus ombros, em total solidariedade e compaixão.
— Eu vou te ajudar a enfrentar seus medos, você vai se recuperar e voltar a ser aquela pessoa alegre e guerreira... A doce Hadassa e a temível Valência...
— Sim, vai ficar tudo bem... — Torno a repetir a frase que eu tenho repetido todos os dias, desde que eu fui presa.
(...)
Já nos portões do castelo, quando descemos da carruagem, caminho seguindo o Trento, evitando olhar ao redor. Não me sinto preparada pra enfrentar