Milla
— Não chore, Milla, não por ele — aconselho-me após sentar-me sofá em lágrimas. — Eu te disse que ele era um puto, não disse? Eu falei várias e várias vezes que ele não servia pra você. Mas você se ouviu? Não, você não se ouviu! — respiro fundo e me ponho a andar de um lado para o outro da sala. — Uma vez puto, sempre puto! — rosno e vou para o banheiro. Encaro-me firmemente no espelho da bancada e aponto um dedo em riste para mim mesma. — Milla Ferber, se você chorar por esse cafajeste, prometo que vou esbofetear a sua cara até você engolir o chorar! — Repreendo-me, sentindo a minha voz embargar e engulo o nó sufocante em minha garganta.
Respiro fundo.
O que eu vou fazer?
Eu sabia que não devia ter cedido aos encantos daquele imbecil, gostoso e mandão do cacete!
Tudo bem! Volto a puxar a respiração. Deve ter alguma explicação lógica, certo?
Não, não tem.
Ah, ele está estava diferente desde que saímos do Brasil. Lamento mentalmente. E quando chegamos aqui tudo só piorou. Respir