Valentina
Um, dois, três...
A marcha nupcial começa a tocar e nervosa, procuro abrir o meu melhor sorriso. Ponho o meu pé direito no primeiro degrau na entrada da catedral e quando alcanço o terceiro e último degrau, o vejo sorridente e me olhando com um deslumbramento que chega a fazer o meu coração palpitar mais forte.
Quem imaginava isso? Valentina Ferber se casando com um garoto e constituindo família com ele?
Eu não.
Mas se querem saber de uma coisa, eu estou muito satisfeita com as armadilhas que o destino resolveu armar para mim. No fundo eu sou mesmo essa pirralha que ele insiste em me chamar e ele é o homem que eu nunca quis admitir que é. Sorrio amplamente quando chego no meio da nave da igreja, enfeitada com jasmins e laços de seda, além de alguns tules, dando um leve tom de suavidade ao tapete vermelho estendido pelo chão, trilhando o caminho que me levará direto para os seus braços para sempre.
— Nervosa? — papai me desperta dos meus devaneios, obrigando-me a desvia