Antoni Armand
A luz da lua atravessa a janela, cortando a penumbra do quarto. O brilho suave ilumina Bella, de pé à minha frente, e eu me pego perdido na visão dela. Tudo parece suspenso no ar. O tempo, os sons lá fora, até mesmo minha respiração. Só consigo me focar nela.
A aliança no dedo dela brilha mais que qualquer estrela lá fora. E é minha. Ela é minha. Esse pensamento não para de martelar na minha mente desde que coloquei o anel em seu dedo. O pedido tinha sido perfeito, o sorriso dela, a maneira como seus olhos brilharam quando disse “sim”. Mas agora, depois de toda a emoção, o que eu sinto é algo muito mais primitivo. Não há como disfarçar o desejo que queima dentro de mim.
— Você sabe o quanto eu te quero agora, não sabe? — A minha voz sai baixa e rouca, carregada de um desejo que está fervendo sob a superfície desde o início da noite.
Bella morde o lábio inferior, aquele gesto que sempre faz meu coração disparar e, sem uma palavra, seus olhos encontram os meus