“Abigail Zapata Monterrey”
Eu estava sentindo um medo paralisante, como se aquela mulher voltar dos mortos fosse presságio de tempos difíceis, como se o Martim fosse me abandonar e voltar correndo para ela. Enquanto a Pilar contava para a Magda o que estava acontecendo eu senti o meu corpo começar a tremer, eu estava me sentindo exausta, pressionada, ameaçada, como se eu estivesse me afogando em mim mesma.
- Abigail! Pode parar com isso! – A Magda me puxou de volta para a superfície com aquela sua voz dura, que ela usava quando me chamava a atenção e de repente o meu foco estava inteiro nela.
- O que você disse? – Eu estreitei meus olhos.
- Exatamente o que você acabou de ouvir! Pode parar com isso! Você não é assim, Abigail! Você não é uma fracote que se encolhe de medo e espera a tempestade passar. Você é o próprio furacão, você é o vento forte que afasta as nuvens tempestuosas. Você é forte, Abigail, você luta. – A Magda falava pra mim de uma forma tão firme, como se tivesse plena