Isadora
Enquanto isso…
As horas parecem não passar e Heitor não vem para o nosso quarto nunca. Ainda nervosa, olho para os meus filhos dormindo tranquilos e seguros em nossa cama. O que me conforta é saber que eles estão aqui comigo, mas o meu coração está inquieto com essa demora de Heitor em retornar com notícias. Solto um suspiro audível pela boca, anda de um lado para o outro e depois vou para uma das janelas, mas nada tira essa minha inquietação. Impulsiva, eu caminho apressada para a porta e quando giro a chave no trinco, Lupe me aborda preocupada.
— Onde a Senhora pensa que vai? — Faço não para ela.
— Eu não posso, eu não aguanto mais essa espera, Lupe! Eu preciso saber o que está acontecendo naquele quarto.
— Mas Senhora, o senhor G’ang…
— Fique aqui com os meus filhos, Lupe e mantenha a porta fechada com chave. Eu voltarei logo! — Lupe parece protelar o meu pedido. Bufo audivelmente contrariada — Lupe, por favor!
— É que... eu estou com medo e se ela…
— Eu volto logo! — digo