Cap 10. Instinto protetor
O silêncio no refeitório era espesso demais para ser ignorado.
Ninguém se movia. Ninguém falava. O braço de Sara ainda estava suspenso no ar, preso pela mão firme de Marcelo. O pulso dela parecia pequeno demais dentro do aperto seguro dele. Não doía, mas deixava claro que poderia doer, se ele quisesse.
— Senhor Marcelo, solta… por favor, vai me machucar. — ela falou quase em uma súplica.
— Você ultrapassou todos os limites. — disse Marcelo, a voz baixa mas que ecoou no silêncio. — Você e suas amigas.
Ele olhou para as garotas que estavam atrás de Sara. Elas baixaram o olhar na hora.
— A partir de agora, vocês três estão suspensas por trinta dias. Qualquer outra infração, expulsão definitiva. E isso vale para todo mundo aqui.
Marcelo soltou o pulso de Sara com um gesto brusco e virou para o resto do refeitório, erguendo um pouco a voz.
— Quem espalhar boatos mentirosos sobre qualquer aluno será expulso imediatamente. Sem aviso. Sem segunda chance. Isso acaba hoje.
Um mu