Emma
As xícaras de café ainda estão fumegando na mesa quando Peter aparece na sala de jantar. E eu quase derrubo a minha.
O terno preto sob medida abraça seus ombros largos como uma segunda pele. A camisa e gravata, também pretas, dão a ele um ar poderoso que faz meu estômago dar voltas. Seus cabelos ainda estão úmidos do banho, algumas gotas escorrendo por seu pescoço e desaparecendo sob o colarinho engomado.
Forço-me a desviar o olhar, fingindo interesse em meu celular.
— Café? — ofereço, mantendo o tom casual.
— Não, obrigado — ele responde, pegando apenas as chaves do carro. — Tenho uma reunião cedo.
Ergo os olhos, tentando ignorar como ele fica ainda mais atraente visto de perfil.
— Vai sair? — pergunto, como se não me importasse com a resposta.
Peter se vira para mim, e há algo em seu olhar que não consigo decifrar.
— Vou trabalhar — ele diz, ajustando o relógio no pulso. — Ao contrário do que você pensa, não sou apenas um playboy. Trabalho com meu pai na filial do Grupo Blackwo