Capítulo 35
A porta da cabine fechou atrás de nós com um clac macio.
Olívia largou a mochila no primeiro sofá que viu como se estivesse em casa. Ou como se estivesse invadindo território inimigo com confiança de quem venceria qualquer conflito.
Eu, por outro lado, fiquei parada por meio segundo, tentando entender se eu tinha acabado de entrar numa cabine… ou num apartamento.
Porque, sim: era uma cabine. Uma cabine familiar, como solicitado pelo senhor Novak. Uma cabine. O meu cérebro tinha feito questão de gritar isso no corredor, como se “cabine” significasse “um cômodo com duas escovas de dente brigando por espaço”.
Mas ali dentro… era outra história.
Tinha uma sala de estar com sofás claros e uma mesa baixa com frutas já arrumadas como se alguém tivesse preparado aquilo para uma foto de catálogo. Tinha um bar minúsculo com garrafas de bebidas caras. E tinha uma escada discreta, elegante demais pra ser chamada de escada, subindo para um segundo andar.
Olívia foi direto para a escada