Nathaniel Donovan
Não importava o quanto eu tentasse manter a expressão neutra, por dentro, eu estava queimando.
Os cortes no rosto dela não eram profundos, mas cada marca parecia um soco direto no meu peito. Lúcia saía da sala da enfermaria com a cabeça erguida, ombros retos, como se não tivesse acabado de ser atacada no próprio local de trabalho.
E, por algum motivo, isso só me fazia admirá-la mais… e querer ainda mais protegê-la.
Mantive-me a alguns passos atrás, observando-a atravessar o corredor. Ela não olhou para trás uma única vez. Orgulho e raiva, lado a lado, sustentando cada passo.