Lúcia Mendes
Ele estava ali, deitado ao meu lado, o rosto virado na minha direção, a respiração calma, e aquele sorriso safado preso nos lábios.
E eu…
Eu já não sabia mais o que estava tentando esconder.
O corpo quente. O pulso acelerado. A lembrança da noite no beco me mordendo por dentro. A voz dele, rouca e provocante, me desarmando como se cada sílaba fosse feita pra me desmontar.
Cansei.
Cansei de fingir que o cheiro dele não mexia comigo. Que o toque dele não me acendia por dentro. Que meu corpo não pedia por ele com uma urgência quase cru