Nate Donovan
O corredor parecia não ter fim. Eu corria atrás da incubadora improvisada como se o mundo dependesse disso, os pés pesados contra o chão encerado, o coração batendo alto demais. Cada segundo longe da Lúcia era um tormento, mas deixar Samuel sozinho era impossível. Ela me pediu isso, e eu faria qualquer coisa por eles.
“Ele não tá respirando direito,” alguém disse, e a frase bateu no meu peito como uma marreta.
“Berço aquecido, rápido!” a neonatologista ordenou.
Entramos em uma sala abarrotada de aparelhos. Luzes fortes acenderam sobre meu filho. Meu filho. Tão pequeno, tão frágil, envolto num tom arroxeado que me fez sentir as pernas