Nathaniel Donovan
Eu não preguei os olhos.
A cada vez que a respiração da Eliza mudava, meu corpo se retesava como se o mundo estivesse prestes a desmoronar de novo. Duas vezes ela se mexeu no sono, choramingando baixo, e se agarrou na Lúcia como se tivesse medo de perder o chão. Minha esposa a envolvia de imediato, e logo a pequena adormecia outra vez.
Fiquei deitado, mas não fechei os olhos. Apenas observei. Minha filha no meio da cama, protegida pelo corpo de uma mulher que tinha se tornado o porto seguro dela. O porto seguro de nós dois.
A noite inteira passei repetindo a mesma promessa silenciosa: eu não vou permitir que nada, nem