Ao chegar à casa de Ronald, Chelsea foi recebida com um abraço apertado e um olhar genuinamente preocupado. Ainda abalada pelos últimos acontecimentos, deixou-se conduzir até o sofá da sala, onde ele já havia deixado uma manta dobrada e um café recém-passado sobre a mesinha de centro.
— Fica à vontade, Chelsea. Aqui você pode respirar — disse ele, com um sorriso contido, mas acolhedor.
Ela assentiu com um leve aceno, os olhos perdidos em algum ponto entre a dor e a exaustão. Havia muito em sua mente: o luto ainda recente, a pressão do desemprego, os traumas não ditos.
Enquanto servia duas xícaras de café, Ronald tentou puxar assunto com delicadeza.
— Você ao menos sabe por que o senhor Richard te mandou embora?
— Provavelmente porque eu não saí com ele — respondeu com amargura.
— O quê? — Ronald franziu o cenho, indignado. — Isso é assédio, Chelsea. Você tem alguma coisa que comprove isso? Mensagens, e-mails?
— Não… nada.
Ele balançou a cabeça e respirou fundo.
— Que cara noj