~ MAITÊ ~
A luz branca do hospital me fazia piscar constantemente, tentando ajustar minha visão ao ambiente esterilizado e frio. Estava deitada em uma cama, envolta em lençóis ásperos que cheiravam a desinfetante, ainda sentindo os efeitos dos sedativos que haviam me dado na clínica. Minha mente estava nebulosa, mas pelo menos o pânico cego que havia sentido quando acordei sangrando havia diminuído.
Uma médica entrou no quarto com uma expressão profissional, mas gentil. Ela carregava uma prancheta e se aproximou da minha maca com passos medidos.
— Como está se sentindo? — perguntou, consultando seus papéis antes de me olhar diretamente.
— Confusa — respondi honestamente, minha voz ainda rouca de tanto gritar. — O bebê... está tudo bem?
Ela sorriu de forma tranq