Enquanto os outros se acomodavam na sala principal conversando animadamente e aguardando a chegada do jantar, eu, Zoey e Matheus nos retiramos para a sala de música de Nate, carregando uma garrafa de vinho tinto da nova linha orgânica – ainda em testes - que Christian havia trazido do Brasil. Era um momento que eu havia sentido falta - apenas nós três irmãos, sem a formalidade dos cônjuges ou amigos, podendo ser completamente nós mesmos.
A sala era elegante mas aconchegante, dominada por um piano de cauda preto brilhante que ocupava o centro do espaço. Sentei-me numa poltrona de couro confortável, observando Matheus examinar o piano com curiosidade mal disfarçada.
— Não mesmo — disse Zoey imediatamente, reconhecendo a expressão no rosto do nosso irmão. — Não vou deixar você tocar esse piano caro e nos fazer arrancar as orelhas fora por livre e espontânea vontade.
Matheus riu, passando os dedos delicadamente sobre as teclas sem pressioná-las.
— Hey, eu sou um mestre nisso — protestou c