Christian virou-se para mim, a pergunta sobre Francesca ainda pairando no ar entre nós. Então, surpreendentemente, ele sorriu — aquele sorriso meio torto que parecia reservado para momentos em que ele decidia mudar as regras do jogo.
— E você? — ele perguntou, seus olhos nunca deixando os meus. — Ainda gosta do Alex?
A pergunta me pegou completamente desprevenida. Por um instante, senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. Era uma pergunta justa, mas de alguma forma parecia mais íntima, mais invasiva do que a minha sobre Francesca.
— Você sabe que sim — respondi, desviando o olhar para os vinhedos escuros. — Não é algo que se supere da noite para o dia.
Christian se aproximou, inclinando-se ligeiramente na varanda, nossos braços quase se tocando.
— Tenho que perguntar — sua voz era surpreendentemente suave. — Você gosta realmente dele ou gosta da ideia de alguma forma recuperá-lo? De mostrar à Elise que você ganhou e ela perdeu?
A pergunta era tão certeira que quase doeu