— Marina... Acorda... Marinaaa.
Abro o olho assustada.
— Que foi... Que foi.
— Fogos!!! Tá escutando?
Dou um pulo da cama, Fael já está colocando uma roupa, eu já estou me tremendo.
— Invasão? Pergunto.
O rádio dele começa a tocar junto com o celular.
— Tô descendo! É só o que ele diz no rádio, ignorando o celular.
— Não sei! Os fogueteiros soltaram fogos, mas não é invasão, vou colar lá na boca pra saber.
Ele se aproxima de mim e me abraça forte me dando um beijo.
— Cuidado! Digo ainda em seu abraço.
— Vou me cuidar... Já sabe né? Se escutar barulho de tiro corre pra casa da Majú, os seguranças vão te levar.
— Eu tenho plantão hoje mais tarde Fael.
— Você sabe como são as coisas Marina, se der você vai, se for invasão, não vai ter como... Fica ligada nos tiros!
Ele termina de falar e me dá o último beijo e saí do quarto.
Eu odiava quando isso acontecia, odiava ficar presa aqui, odiava saber que a minha vida estava em risco, odiava saber que a vida dele estava em risco