NATÁLIA
Com meu coração martelando na garganta, abri a porta levemente.
— O que você está fazendo? Eu ouvi barulhos vindo do seu quarto. — Ela piscou para mim, seus olhos caídos gritando que ela tinha acordado de um sono profundo.
Quão boa será a audição dela para conseguir captar barulhos de um quarto à prova de som mesmo dormindo?
Engoli em seco e olhei ao redor.
— Eu... eu estava no banheiro, tomando banho. — Eu nunca menti tão confiantemente antes, podia garantir.
Inconscientemente, ajeitei meu cabelo molhado para esconder a marca no meu pescoço.
— A esta hora? — Ela estreitou os olhos, desconfiada.
Que droga!
— Eu... Mãe. — Pense em algo, idiota.
Minha falta de palavras só confirmou as dúvidas da minha mãe. Sem me dar tempo para recuperar a compostura, ela empurrou a porta com força.
A porta bateu no meu rosto, fazendo-me cambalear para trás e instintivamente levar a mão ao nariz. A dor perfurou todo o meu rosto. Eu franzi a testa e fechei os olhos.
— Tem alguém aqui