NATÁLIA
Eu não consegui abrir os olhos novamente imediatamente, mas senti Henrique me pegando nos braços e depois me carregando para algum lugar.
As vozes altas foram sintonizando e desconectando eventualmente. Fui jogada em um assento macio antes que suas mãos desaparecessem do meu corpo.
O carro começou a se mover. Minha mente permaneceu nublada e meu julgamento distorcido devido à dor excruciante.
Meus olhos abriram e fecharam eventualmente enquanto eu tentava sair dessa confusão.
Eu não podia desistir. Não assim.
— E... Henrique... — Eu gaguejei.
— Eu vou te tratar assim que chegarmos à alcateia. — Ele falou gentilmente desta vez, agindo como um maldito lunático.
— Henrique... Eu... Vou...
Eu vou te matar. Seu idiota! Isso é o que eu queria dizer, mas estava sem palavras.
— Não fale. Descanse. — Ele deu um tapinha na lateral da minha cabeça, que doía como se eu tivesse batido em um caminhão no caminho para casa.
— O Alfa vai... Me matar... — Eu finalmente consegui gaguej