Capítulo 172. Canto
Sabia o que ia acontecer, havia presenciado a aparição durante a sua infância, mas havia deletado aquelas imagens, transformando-as em pesadelos de coisas que não existiam. Lembrou dos ensinamentos de sua mãe e quando os machos estavam chegando ao final da floresta, ela reagiu.
— Óóôuôóórghiiiii. — soltou o canto que aprendeu com sua mãe e suas cordas vocais sabiam, exatamente, como pronunciar aquele som.
A mulher na água, ao ouvir aquele som, apavorou-se e sumiu, mergulhando. O movimento das águas cessou, mas surgiram bolhas como se a água estivesse fervendo e a formação de nuvens cinzentas subiu conforme as bolhas estouravam e toda aquela parte do lago, ficou coberta com aquela névoa espessa e cinzenta.
— O que aconteceu?
— Estamos salvos?
— Acho que sim…vocês ouviram o canto da morte?
— Sim, eu ouvi. Era a suinara?
— Não faço ideia, ouvidos antigos contarem sobre uma suinara que apareceu por aqui antes da morte do antigo Alfa e do sumiço de seu filho.
— Vamos comemorar por essa