Não demorou e a floresta foi inundada pelos sons e odores dos acasalamentos. Era normal para a espécie, eram os lobos que identificavam suas companheiras, caçavam-nas e ambos se marcavam, para todos saberem que se pertenciam. Quando o casal se unia, era para sempre. Não havia traição e se um deles morresse, o outro definhava até ir encontrar-se com o que se foi.

Em alguns casos, a deusa se compadecia e preparava um novo encontro, para que vivessem felizes e cumprissem seu propósito.

Mas nessa noite, estavam em paz, comemorando a liberdade e o amor.

Safira correu por entre as árvores, deixando um rastro com seu cheiro e Théo estava tão ansioso para conhecer sua fêmea, acasalar com ela e ter filhotes, que quando o Supremo uivou, autorizando, correu atrás dela seguindo o seu rastro, o mais rapidamente possível e pulou.

Safira percebeu o lobo e abaixou-se, rolando para o lado no momento certo. Théo, surpreso, levou um segundo para se recompor e olhar para sua fêmea.

“ Você é linda! “

“