Olho para ele, e meu coração bate mais rápido. Uma pequena batalha acontece dentro de mim, mas, no fim, decido ceder. Talvez seja a leveza da noite, ou o jeito como ele me olha com aquela mistura de charme e mistério. Talvez eu só esteja cansada de me conter tanto.
— Tudo bem, você pode me levar em casa — digo, com um pequeno sorriso.
Ele sorri de volta, claramente satisfeito com a minha resposta. Caminhamos juntos até o carro, o silêncio confortável se instalando novamente. O caminho para casa parece passar num piscar de olhos, e quando ele estaciona em frente ao meu prédio, a tensão suave da noite volta a pairar no ar.
Descemos do carro, e ele me acompanha até a porta. Por um segundo, ficamos parados ali, como se nenhum de nós soubesse exatamente como encerrar a noite. A atmosfera está carregada, e sinto o calor dele se aproximar, mesmo com o ar frio da noite ao nosso redor.
— Bom... obrigada por hoje — digo, mas minha voz soa mais suave do que eu pretendia.
Bernardo dá um passo à f