Naquele dia não recebi só uma foto, mas também a informação de onde meu pai morava e trabalhava. E não ficava em Solidão, mas numa cidade que fazia divisa.
Ele era dono de um escritório de contabilidade na zona central. O lugar não era grande ou imponente, mas também não se tratava de um negócio de fundo de quintal. Fiquei observando o prédio por um bom tempo antes de me encorajar a entrar.
Fazia um tempo que eu brincava de detetive com Cheshire, vulgo “Watson”. E sempre gostei de desvendar segredos e me divertia com aquilo. Mas agora, quando realmente estava prestes a desvendar o maior segredo da minha vida, a coragem simplesmente me abandonara, assim como meu gato, que desde que ressuscitou passou a me odiar. Preferi pensar que o medo que eu sentia era por conta de estar sozinha, sem meu companheiro gatuno.
Olhei no relógio e respirei fundo, sabendo qu