→11 anos antes.
Era sexta, plantão da minha mãe e dia de Bruce sair com a namoradinha da vez.
Dia também em que Travis inventava que ia para a casa dos avós mas se mantinha trancado na minha casa, ou na dele.
O programa da vez foi roubar um uísque do bar de seu pai, e eu fiquei encarregada de fazer pipoca para comer enquanto assistíamos pornô.
A questão é que, obviamente, eu não deixei ele colocar esse tipo de conteúdo quando eu não estava lá no meu melhor estado de espírito e juízo.
O jovem pegou a garrafa de uísque e levou até a boca, acabando com o restante do líquido de cor âmbar.
E fim.
Uma garrafa foi suficiente para nós dois ficarmos bem ultrapassados.
Limites talvez já nem existiam mais.
A partir dali eu poderia colocar a culpa de qualquer coisa no álcool.
— Bom, você vai ficar me devendo então.
— Como é? — questionei confusa.
— O pornô, Terena. Você prometeu mas não cumpriu, então está me devendo — explicou, sorrindo provocativo.
Eu ri com a mudança repentina de assunto