Ela acorda na cama, os lençóis pesados, porém macios, longe do seu corpo, um braço pesado em torno de sua cintura e calor humano mantendo-a aquecida, os seus olhos nela enquanto ela se orienta, suspiros enquanto ela olha para o corpo dele, as marcas das suas unhas visíveis contra a sua pele.Através da enorme parede vidro, as estrelas estão brilhando mesmo sob a cama de luz da cidade nada adormecida.De repente, Harry rola suavemente ao lado dela, e a empurra para baixo e se empurra para o pé da cama, estendendo as suas pernas lentamente.Ele passa a mão pelo corpo dela, sobre o plano trêmulo do seu estômago, os seios doces, o pulso esvoaçante na sua garganta. Ele agarra o seu queixo, e ela o olha com aqueles belos olhos e Harry não resiste ao impulso e se inclina para pressionar os seus lábios sobre os dela, e a sua respiração bate, o seu corpo se curvando para segui-lo enquanto ele se afasta.Ele sorri, passando suavemente o dedo pelo lábio inferior dela, e a sua boca se abre em um
RUBY PORTMANO táxi estacionou com um solavanco na entrada do aeroporto, sacudindo-me levemente no meu assento. Observei atentamente a estrutura familiar enquanto Sophia, ao meu lado, tirou a carteira para pagar a corrida.Com um sorriso gentil, ele deseja-nos uma boa viagem, e eu retribuo o gesto, segurando a alça da minha mala com um pouco mais de firmeza do que o necessário.Enquanto tiramos as minhas malas do porta-bagagem e caminhamos em direção ao terminal, não pude evitar sentir um turbilhão de pensamentos girando na minha mente. Com o meu regresso dessa viagem claramente muito bem-vinda, eu teria que resolver um monte de assuntos, assuntos esses com nomes e sobrenomes: Harry Radcliffe, Milena Christian e Edward Portman. A ideia é tão surreal que mal consigo processar completamente.O casal descoberto recentemente por mim, até chegou a mandar mensagens se desculpando e me desejando uma boa viagem, embora com raiva de Milena por ter me escondido o seu caso com o meu irmão, ainda
RUBY PORTMANDe repente, ele parou e moveu as mãos para cada lado da minha cintura. O meu corpo imediatamente doeu pelo toque dele.— Você é linda e agora, mais ninguém terá a oportunidade de foder você, não enquanto eu estiver vivo — o homem disse baixinho, e precisei abrir os olhos, que nem sabia que havia fechado, para vê-lo olhando atentamente para mim.Sem esperar qualquer reação minha, Harry simplesmente voltou a me virar, pondo-me debaixo dele, e sem hesitar começou a descer pelo meu corpo.Antebraços flexionados, de cada lado, ele beijou meu pescoço, depois o meu peito, e quando chegou aos seios, levou na boca um deles, chupando suavemente, a sua língua de veludo tirando um gemido suave dos meus lábios. Harry moveu a sua atenção para o outro par negligenciado e não evitei sentir o mamilo molhado apertar contra o ar frio, enviando um arrepio por todo o corpo.Enrosquei a mão nos cabelos desgrenhados de Harry enquanto ele continuava adorando os meus seios, e depois começou a se
HARRY RADCLIFFEAcordo com o som das vozes lá em baixo, um eco irritante que atravessa o meu sono como uma faca afiada. Eu já sei quem são, é claro. A família Radcliffe.Revirei os olhos enquanto verificava o despertador ao lado da cama. Seis da manhã. A hora em que a maioria das pessoas ainda está sonhando com mundos melhores. Mas para mim, é apenas o início de mais um dia de luta contra os fantasmas que insistem em me assombrar.Todos os dias são os mesmos. Pesadelos que me arrastam para os abismos do meu passado, onde o medo e a angústia reinam soberanos. A equipa terapêutica diagnosticaram-me com estresse pós-traumático, o que já não foi uma surpresa emocionante para mim.Como se um rótulo pudesse encapsular o terror que se desenrola dentro de mim todas as malditas noites.A minha psicóloga e o meu psiquiatra até tentam. Prescrevem uma coleção de comprimidos que prometem alívio, mas que, no final das contas, são tão eficazes quanto açúcar em água quente. Noites mal dormidas se tor
HARRY RADCLIFFEOs portões do condomínio de luxo abriram-se, cedendo espaço para que o meu carro avançasse lentamente. A neve, que antes não havia se atrevido a marcar presença, agora é implacável como sempre, e caía com uma determinação obstinada, obrigando-me a limpar constantemente os para-brisas para manter a minha visão desobstruída. Ao meu lado, Steffan parecia tenso, a sua inquietação palpitando no ar, mas durante todo o trajeto, nenhum de nós ousou romper o silêncio carregado que pairava dentro do veículo.Antes de sair de casa, tive a oportunidade rápida de trocar de roupa, disfarçando qualquer indício da nossa verdadeira intenção. Quando a minha família perguntou para onde estávamos indo, foi Steffan quem improvisou uma desculpa tola, mencionando uma ida rápida ao supermercado para comprar itens para o almoço, mesmo sabendo que a minha despensa estava sempre bem abastecida.Estacionei o meu carro atrás do veículo do meu pai, notando a presença de outro carro além do esperado
RUBY PORTMAN Com um olhar atentivo voltado para o relógio de pulso, pude discernir restarem apenas alguns minutos antes do horário marcado para minha tão aguardada entrevista. Essa constatação serviu como um impulso interno que me levou a aumentar o ritmo da minha caminhada. No entanto, o meu desejo de apressar-me foi um tanto limitado pelo calçado que eu havia escolhido para aquele dia, um elegante scarpin que não se mostrava tão cooperativo quanto eu gostaria no quesito conforto. O edifício para o qual eu me dirigia é verdadeiramente extraordinário na sua arquitetura. Um majestoso arranha-céu compõe-se quase inteiramente de vidro, apresentando uma fachada envidraçada tanto na sua parte frontal imponente quanto na traseira. O ápice dessa estrutura exibe uma imensa placa prateada, onde se destaca a inscrição em letras garrafais: "Radcliffe's". Tal insígnia reluzente é um testemunho visual do prestígio que a sede daquela renomada empresa de cosméticos e agência de modelos estadunidens
RUBY PORTMAN Uma brisa gélida percorre o interior do meu quarto, tocando o meu rosto com um beijo gelado que pinta as minhas bochechas com um tom exageradamente vermelho. No silêncio matinal, os ecos sutis de movimentos ecoam, relembrando-me de que Sophia, minha colega de apartamento, também está começando o dia cedo. Os sons de panelas dançando pelo chão e o aroma inebriante de café fresco emanando da cozinha dão vida ao espaço. A incerteza paira no ar, questionando se a nossa coleção de louças recém-adquirida conseguirá sobreviver incólume até o final do ano. É engraçado como os objetos mais triviais podem se tornar fonte de inquietação quando compartilhados com uma amiga um tanto… desajeitada. Ajeitando-me, penteio os cabelos e os reúno em um rabo de cavalo elegante, escolha que complementa harmoniosamente a minha indumentária matutina. Confesso, precisei dar um “jeitinho” no meu guarda-roupa nos últimos tempos, considerando o redirecionamento das minhas atividades profissionais
RUBY PORTMAN O ambiente tornou-se eletricamente tenso, cada centímetro quadrado do escritório parecia vibrar com a energia carregada entre nós. O homem, cujos olhos penetrantes cortavam como facas afiadas, estudava-me meticulosamente. ~ Os nossos olhares colidiam, mas as intenções por trás de cada vislumbre eram distintas. — Quem és tu? — A sua voz, profunda e sedosa, preencheu o ar como uma melodia grave, ecoando pelas paredes do espaço fechado. Cada sílaba era uma nota arrastada, causando arrepios intensos que dançavam ao longo da minha espinha. A incerteza sobre a origem desses arrepios só aumentava a atmosfera já carregada. Um segundo arrepio, mais intenso, percorreu o meu corpo, deixando-me arrebatada pela corrente fria do ar condicionado ou pela presença imponente do homem diante de mim. Os meus sentidos estavam alertas, capturando cada pequeno detalhe da sala, como se estivesse prestes a desvendar um mistério. Num esforço para recuperar a compostura, percebi com um choque r