“Hana”
Eu estava olhando pela vidraça da sala do Rafael no bar. Lá embaixo a banda tocava animada e o salão estava lotado, não cabia mais ninguém ali, o bar dele era um sucesso.
- O que foi, minha doida? – O Rafael virou a cadeira para ficar de frente pra mim.
Desde que chegamos ele estava trabalhando, às voltas com qualquer coisa sobre bebidas.
- Estou pensando em tudo o que tem acontecido e se um dia as coisas vão se acalmar. – Eu respondi ainda olhando pela vidraça.
- As coisas nunca vão se acalmar, não com essa família maluca que temos! – Ele deu uma risadinha. – Vem cá! – Ele chamou e eu fui de bom grado para o seu colo.
- É, eu achei que eu fosse a única doida, mas vocês são todos meio malucos também. Eu fico imaginando a Rúbia, coitada, se acabando de chorar, desesperada, enquanto o melhor amigo e a irmã se embebedavam na festa dela. – Eu comecei a rir.
- Ah, eu era um jovem idiota. A Rai estava com raiva porque tinha terminado com um namoradinho que ela tinha e nós enchemos a