“Patrício”Eu estava diante do pai e dos irmãos da Lisandra sem saber como me desculpar, porque eu percebi que havia errado muito com ela e não sabia nem como começar a me redimir. De qualquer forma, o melhor seria começar sendo sincero e contado o que tinha acontecido.- Patrício, entra. Todos nós estamos agitados. Vamos conversar. – Estranhamente o Sr. Moreno parecia ser o único que estava disposto a me ouvir.- Pai... – O Flávio queria reclamar, ele estava muito irritado comigo e ele tinha razão.- Atire a primeira pedra se você nunca errou, Flávio. – O Sr. Moreno encarou os dois filhos e eles bufaram. Claro que os dois já haviam errado muito, quem nunca?- Entra, palerma! Mas eu ainda quero arrebentar a sua cara. – O Flávio parecia uma criança zangada.Entramos e, ali na sala, estavam a mãe da Lisandra, os meus pais e a Paula, esposa do Raul. E a minha mãe não perdeu tempo, veio ao meu encontro e me pegou pela orelha, me arrastando até um sofá e me jogando nele enquanto falava.-
“Melissa”Eu já estava no aeroporto esperando o Levy. Felizmente vôo dele não atrasaria. Conforme ele me pediu, eu não havia contado a ninguém sobre a sua chegada, ele queria focar unicamente na irmã e se os amigos soubessem da sua chegada ele não teria como evitá-los. Logo foi informada a chegada do vôo que eu aguardava e não demorou para que eu visse quem eu fui esperar, mas para minha surpresa ele não estava sozinho. Eu conhecia aquele moreno alto com ele.- Melissa! Há quanto tempo! – Levy se aproximou e me envolveu em um abraço apertado.- Levy, é bom ver você de novo! – Retribuí o carinho. O Levy era uma pessoa realmente boa, daquelas que passam a vida fazendo o bem e que não pensam só em si mesmas. – Mas e você, Luciano? Por essa eu não esperava! Ainda morrendo de amores por ela?- Ah, Mel, você sabe, tem amores que são pra vida toda! Não importa o que aconteça. – O Luciano me abraçou e eu percebi a tristeza nos olhos dele.O Luciano era como o Levy, um cara bom e fiel aos amig
“Levy”Desde o momento em que recebi a ligação da Melissa eu pude respirar aliviado. Sabendo onde a minha irmã estava eu poderia ir resgatá-la. Eu tinha que conseguir colocar um pouco de lucidez na cabeça dela. Mas, no momento em que a Melissa parou na frente do hotel eu fiquei nervoso, eu não sabia o que iria encontrar, só podia torcer para conseguir levar a minha irmã de volta.Nos dirigimos à recepção e informamos que queríamos falar com a hóspede, mas a recepcionista, após tentar, disse que ninguém atendeu, mas se desmanchando em atenção ela acabou dizendo que era estranho, pois a minha irmã não havia saído do hotel e ela tinha certeza porque uma ruiva é fácil de notar.- Querida, será que nós não podemos subir? Eu gostaria de surpreendê-la e ela deve estar dormindo. – Pedi com jeitinho e jogando um certo charme para a recepcionista.- Eu não posso permitir sem autorização do hóspede, isso pode dar problema. – A recepcionista respondeu receosa.- Não vai dar problema, é minha irmã
“Melissa”Eu saí daquele hotel chateada. Era tão difícil ver uma pessoa que havia se perdido tentar juntar os cacos do que foi! A Virgínia teria um longo caminho pela frente, ainda bem que ela tinha um irmão como o Levy, disposto a resgatá-la e alguém como o Luciano, que atravessaria o fogo do inferno por ela. Eu esperava que ela percebesse isso e deixasse que eles se aproximassem. Eu estava disposta a ajudá-la, por isso eu saí dali e fui atrás do Rick.- Mestra! Que bons ventos te trazem por aqui? – Manu se levantou da sua cadeira para me receber.- Os ventos da verdade, chaveirinho! – Eu dei um abraço bem apertado na minha amiga.- Ih! Isso não parece bom. – Ela falou e me indicou uma cadeira.- É, não é a melhor coisa do mundo, mas vocês me pediram pra investigar uma coisa... – Respondi.- E você já sabe? – Manu perguntou ansiosa.- Ai, Manu, eu já sei. Mas vou te dizer, isso me chateou um bocado. É difícil ver uma pessoa que a gente já considerou amiga se destruir. – Eu estava com
“Rick”Eu saí do escritório depressa, finalmente alguém poderia me dizer o que tinha acontecido com o meu casamento, porque, de repente, a Taís resolveu me deixar, sem dizer nada, sem nenhuma consideração. Na verdade, bem no fundo da minha mente eu tinha um palpite, só não queria acreditar nele, mas tudo levava a crer que a Taís tivesse ido embora por causa de outro homem, principalmente depois que a Mel disse que eu não iria gostar do que iria descobrir.Mas era melhor saber a verdade logo, talvez encarar a verdade me desse a coragem que eu precisava para seguir em frente, porque eu sabia que não tinha mais volta, a Taís não voltaria pra mim e nem eu queria isso, todo o amor que eu senti por ela um dia já tinha se transformado em decepção.Finalmente eu saberia a verdade! E, quanto mais eu me aproximava da Virgínia, mais meu coração acelerava, eu cheguei a sentir uma leve dor, como se ele estivesse batendo rápido demais e forte demais dentro do meu peito.No hotel, a recepcionista di
“Patrício”Eu saí do quarto da Lisandra quando a Melissa chegou e encontrei o Flávio e o Raul conversando na sala, então me juntei a eles.- Minha irmã te perdoou muito fácil! – O Flávio reclamou.- Se conforma, Flávio, ela me ama! – Eu sorri, mas eu não estava assim tão satisfeito comigo e o meu sorriso murchou.- O que foi? Ainda está preocupado com a sua ex? – O Raul me provocou. Ele estava especulando e ele estava certo em querer saber.- Não, não é isso. É que eu realmente fui um idiota com a Lisandra e ela me perdoou. Ela é boa demais, às vezes eu sinto que não a mereço. – Eu fui sincero.- Você não a merece! – O Raul confirmou e eu o olhei. – Mas ela te ama, fazer o quê? Seja grato por receber esse amor desmedido que aquela cabeça de vento tem por você. Ela daria a vida por você, Patrício! Então, não a magoe de novo!- E eu a amo, Raul! Daria a vida por ela também. – Afirmei. – Mas eu quero merecer todo esse amor que ela me dá.- Patrício, você é realmente um palerma! Trocou os
“Taís”O Guilherme precisou sair para correr atrás da tal noiva que os pais dele faziam questão e a Sabrina e eu decidimos almoçar juntas e depois sair um pouco, eu realmente estava gostando da companhia dela. Quando voltamos para o hotel no fim da tarde, eu fui para o meu quarto, com certeza a Virgínia já teria pensado em tudo e estava pronta para ficar comigo e nós teríamos uma noite muito divertida com o Guilherme e a Sabrina. Mas quando abri a porta ela não estava no quarto, a porta da sacada estava aberta, mas ela também não estava lá, assim como não estava no banheiro.Eu fui tomada de um pânico crescente. Corri até o armário e não tinha nada dela ali, nenhuma das duas malas, nem um fio de cabelo. A única coisa dela que havia restado naquele quarto era o celular que estava comigo e o cheiro do seu perfume no travesseiro.Mas onde ela havia ido? Como ela conseguiu sair? Só pode ter sido a arrumadeira, mas eu deixei o cartão de “não perturbe” na porta. O que estava acontecendo? Eu
“Guilherme”Era só o que me faltava, aquela fresca da Lisandra desmaiar no meio da rua. Mas pensando bem, o problema nem foi ela desmaiar, foi ela gritar antes disso e um homem aparecer correndo para socorrê-la, porque se ela tivesse só desmaiado eu a teria levado dali facilmente. Mas ela gritou e aquele homem estava saindo do prédio e correu para ajudá-la.Eu ainda tentei enganá-lo, falei que estava na rua e fui ajudá-la, que ela gritou porque quase foi assaltada e eu coloquei o bandido pra correr e que a levaria ao hospital. Mas o homem não caiu na minha conversa, disse que eu não me preocupasse, pois ele a conhecia e a levaria ao hospital ele mesmo. Logo apareceu o porteiro do prédio e aí eu dei um jeito de sair dali depressa.Mas eu fiquei esperando, pois quem sabe ele a deixaria no hospital e iria embora? Eu poderia aproveitar a oportunidade. Mas não, o bom samaritano a levou para o hospital e ficou lá e só saiu depois que o troglodita do Flávio chegou. Logo o Flávio!O Flávio se