“Jennifer”
Eu estava sentada no carro ao lado do meu irmão. Ele havia acabado de estacionar em frente a delegacia. O Domani ainda estava detido ali e nós dois estávamos esperando o advogado e os nossos primos.
- Como você está? – Meu irmão me perguntou.
- Com raiva, Bóris. Com muita raiva. – Eu respondi.
- Jen, agora você precisa deixar a raiva dissipar. Eu te avisei milhares de vozes para não confiar nele, mas você não me ouviu. Eu saí de casa desesperado ontem quando a nossa mãe disse que você tinha ido para a farmacêutica, eu sabia que alguma coisa ia acontecer, imaginei que ele fosse te agredir, mas não que... ah, aquele monstro! – O Bóris bateu a mão no volante.
- Exatamente, aquele monstro. Nem posso imaginar o que teria acontecido se aquele delegado não tivesse chegado. – Eu comentei. – Eu odeio aquele homem, Bóris.
- Somos dois! Agora, Jen, você precisa colocar essa cabecinha oca no lugar e parar de agir como uma lunática que só sabe gastar dinheiro. – Meu irmão ia começar de