Ando devagar, sob a gargalhada de Raoul. Me viro e mostro o dedo do meio. É culpa desse babaca que pegou pesado comigo. Eu não tenho boceta de ferro... Brincadeira, dou conta do meu namorado. O problema é que torci o tornozelo quando estávamos indo verificar os pedidos de socorro e agora estou sentindo.
O amigo do papai é médico, então vou pedir que ele dê uma olhada.
Abro a porta de casa e aceno, para que meu namorado vá embora em seu carro chamativo.
Quando entro, levo um susto com uma presença nada esperada.
— Kaio? O que faz aqui? — meu tom não é nada gentil.
O idiota está sentado no meu sofá, usando o uniforme do colégio.
— Vocês são péssimos em questão de segurança. A chave sob o vaso de planta é ridículo — ele diz simplesmente, sem se abalar com minha hostilidade.
— O que quer?
Ele apoia o pé sobre a mesa de centro.
— Vingança.
Não vou me acovardar diante desse estuprador de merda.
Cruzo os braços sobre os seios e questiono:
— E como seria sua vingança? Vai me sequestrar? Me ma