Renato olhou para Sarah e se lembrou das duas servas que ela perdeu. Ele sentiu um aperto no coração e disse:
— Sobre Acira e Eugênia... Sinto muito, foi minha culpa. Eu não protegi vocês direito.
— Eu te pergunto: que lugar eu ocupo no seu coração? — Sarah cerrou os punhos, a voz trêmula e obstinada. — Não mude de assunto!
Renato se apoiou em uma árvore próxima, respirou fundo, tentando conter a raiva que ainda queimava dentro dele. Então respondeu, com a voz baixa:
— Não estou mudando de assunto. Só... Lamento profundamente pela morte delas. Quanto ao seu lugar no meu coração... É o lugar de uma esposa legítima, é claro.
— Só isso? Só o posto de esposa legítima? — Sarah insistiu, com os olhos vermelhos marejados. — Então você não tem nenhum sentimento por mim? Nenhum carinho? Nenhuma afeição?
A pergunta pegou Renato desprevenido. Ele olhou para Sarah, abriu a boca, hesitou.
Queria dizer que o casamento deles foi arranjado com a intermediação da esposa do Primeiro-Ministro e a vontade