Vendo ela sorrir enquanto dizia aquelas palavras de forma sarcástica, Renato não teve qualquer emoção.
— Se você não tivesse me dito aquelas palavras hipócritas sobre como todo o seu sucesso era pensando no nosso futuro, talvez eu acreditasse em você. Mas agora, Fabiana, eu preferiria confiar em um cachorro a confiar em você. Desde o começo você me enganou. Sobre a cidade L, quantas vezes eu te perguntei e você nunca me disse a verdade? Mesmo depois de tudo vir à tona, você continuou escondendo. E agora ainda tenta me manipular, me incitar contra a Bianca?
Ele se inclinou, aproximando o rosto do dela e continuou num tom gélido, cheio de desprezo:
— Acha mesmo que eu ainda acredito em você? Você se lembra da sua covardia naquela noite? Só pensou em salvar sua própria pele. Correu direto para o Lar da Sorte, trancou a porta e deixou Sarah e duas servas do lado de fora. Elas batiam, gritavam, imploravam... E você simplesmente não abriu. Não, Fabiana. Aquilo não foi um momento de desespero