Eu encarei Ethan, tentando decifrar cada expressão dele. Ele parecia tão confiante, tão certo do que estava dizendo, que uma parte de mim queria acreditar. Mas outra parte ainda hesitava.
— E se eu não quiser jogar esse jogo? — Perguntei, testando-o.
Ethan deu um passo para o lado, girando nos calcanhares como se estivesse apenas se divertindo com a conversa.
— Então você continua sendo o peão, Lilith. Continua assistindo Isabella mexer as peças enquanto sua vida desmorona.
Suas palavras bateram fundo. Eu não era um peão. Nunca fui. Mas Isabella tinha me colocado nessa posição, me reduzido a alguém que só reagia ao que ela fazia.
— O que você quer que eu faça? — Perguntei, minha voz mais firme do que eu esperava.
O sorriso de Ethan cresceu.
— Primeiro, você precisa entender uma coisa: Isabella não controla as pessoas porque é especial, mas porque elas deixam. Elas acreditam na imagem que ela vende. O segredo é virar o jogo.
— E como eu faço isso?
Ethan deu de ombros.