A porta se abre, e lá está ele. Raed.
Ele está sem o casaco usando apenas uma camisa social de seda desabotoada no topo, deixando à mostra um vislumbre sedutor de seu pescoço esculpido e o peito firme, marcando sua presença com a mesma aura de poder que sempre o acompanhou. Seu cabelo escuro, ligeiramente bagunçado, cai de forma elegante sobre a testa, e seus olhos, de um tom profundo e penetrante, carregam uma mistura de cansaço e surpresa, como se o mundo ao seu redor tivesse parado por um instante.
Antes que ele feche a porta passo por ele como um tufão e entro.
Raed ainda com a mão na porta fica a princípio sem reação ao me ver tão decidida.
—Mas que palhaçada é essa? —Ele diz fechando a porta. —Esse hotel já foi melhor, agora deixam entrar qualquer pessoa.
O jeito hostil que ele fala comigo e me olha me fazem estremecer, mas eu ergo meu queixo.
—Precisamos conversar.
Ele me observa por um momento, sua expressão intensa e intransigente, como se estivesse tentando ler cada movim