(Esmen)
Havia um homem de cabelos castanhos abaixo de uma capa branca, mãos nos bolsos, olhos castanhos vivos e rosto até bonito.
Um arrepio subiu pela minha espinha. Parecia um alerta silencioso de que a aproximação dele não era uma coincidência. Entretanto, me vi obrigada a fingir não ter aquele sensor piscando com sua presença cada vez mais ameaçadora.
— Crocus. — tentei focar em outra coisa que não fosse ele.
O homem parou ao meu lado, me dando a impressão de já ter o visto por algum lugar.
— E você, quem é? — perguntei com os dedos apertados dentro das palmas e luvas.
— Martins… A vossa majestade pode me chamar de Martins. — ignorei a desconfiança de suas palavras.
“Talvez seja porque estou sozinha com ele que estou ficando em alerta. Ou pelo fato de não recordar de ninguém ainda.”
Não queria julgar a todos, mas o problema era confiar apenas no julgamento da dama Ernest sobre todos. E como ela não estava aqui para me contar quem era esse homem, não havia como confiar nele, quand