Afinal, Gustavo não foi ao banheiro apenas para secar o cabelo, mas também para secar a blusa.
Poliana segurava a blusa masculina, agora quente e macia, em suas mãos. Apenas tocá-la já fazia com que sentisse o calor que ela proporcionaria ao vestir.
No entanto, ainda estava surpresa e confusa.
Ela simplesmente não entendia o que se passava na cabeça de Gustavo. Por que ele, de repente, estava sendo tão gentil com ela?
Gustavo conseguiu completar a ligação e, sem querer encostar o telefone no ouvido, colocou no viva-voz.
Do outro lado, sua secretária atendeu:
— Chefe.
— Mande minha mala para cá.
Com essa breve ordem, ele desligou.
Quando levantou o olhar e percebeu que Poliana o encarava com uma expressão atônita, seus olhos compridos se estreitaram.
— O que foi? Está esperando que eu vista a blusa em você?
Instintivamente, Poliana abraçou a blusa contra o peito.
— Eu ainda pensei em cantar uma música. Quer ouvir?
Gustavo franziu a testa, confuso:
— O quê?