O medo que ela sentiu ao vê-lo aparecer de repente foi rapidamente superado pela vertigem que a atingiu. Quando Gustavo se levantou um pouco, ela começou a lutar desesperadamente, seu corpo inteiro se contorcendo.
— O que você vai fazer? Não me toque com suas mãos imundas, saia de perto de mim!
— Mãos imundas? Não estão sujas, acabei de lavá-las. — A voz de Gustavo era calma, tão tranquila que parecia impossível discernir qualquer emoção, mas havia uma profundidade sombria nela, como o rugido iminente de uma fera.
Ele segurou os braços dela, erguendo-os acima de sua cabeça, enquanto usava as pernas para imobilizar as dela.
Poliana não conseguia escapar, mas continuava a lutar, sua voz agora cheia de agitação:
— Não estou falando dessa sujeira! Não toque em mim com as mãos que tocaram a Fernanda! Você me dá nojo!
Ao ouvir isso, Gustavo parou abruptamente.
O peito de Poliana subia e descia freneticamente, seus olhos estavam cobertos por uma fina camada de lágrimas, e o medo voltou a domi