Gustavo ignorou Edmar completamente, se apressando para frente.
A longa capa preta que ele vestia, que chegava até os tornozelos, balançava ao ritmo de seus passos, emanando uma aura tensa e sombria.
As pessoas que vinham em sua direção instintivamente se afastavam, dando-lhe mais espaço.
Os dois entraram em um carro. Edmar colocou o pacote de brinquedos com cuidado, franzindo as sobrancelhas enquanto observava Gustavo ao seu lado.
Gustavo mantinha uma expressão impassível, sem revelar qualquer emoção. Ele retirou dos colarinhos de seu casaco o fone de ouvido que usava pendurado no pescoço, colocou ele nos ouvidos e pegou seu celular.
Desbloqueando o telefone, ele abriu um aplicativo de mensagens que exibia um chat já aberto. No topo, o contato estava salvo como "Fernanda", e a pequena foto ao lado era uma imagem bem conhecida de Fernanda.
Havia várias novas mensagens recebidas havia cerca de meia hora:
[Presidente Codelle, onde você está? A Fê está em apuros!]
[O Gonçalo é um louco