Pude perceber, com bastante clareza, o quanto a família da Aylin é simples, mas repleta de uma nobreza que não se compra. A maneira como demonstram amor, respeito e cuidado por ela mexeu comigo de um jeito que não sei explicar com facilidade. Havia algo naquele ambiente que me desarmava. Por breves instantes, me vi imaginando como seria libertá-la de tudo isso. Rasgar aquele contrato estúpido, colocá-la diante da própria liberdade e dizer que ela não me devia absolutamente nada. Esse desejo — tão forte quanto o próprio contrato que nos une — começou a corroer a minha paz. Mas eu conheço bem a pressão da minha família. Conheço cada discurso ensaiado, cada tentativa velada de me empurrar para mulheres escolhidas com base em interesses e status. Só de pensar nas conversas forçadas, nos encontros arranjados, nos nomes que minha mãe adora repetir como potenciais esposas, meu estômago embrulha.
Permanecer com Aylin, mesmo que por esse acordo, ainda parece ser a melhor maneira de blindar min