Oração a deusa Luna.

Meu corpo cai em queda livre, as únicas coisas que consigo ouvir é as vozes de Ethan e Bela,e os olhos dos servos me olhando com pena, as vozes distantes como murmúrios de um mundo que ela já não compreendia.

Um impulso primal pulei, a necessidade desesperada de fugir, de escapar da dor insuportável que me envolve. Lágrimas borravam minha visão, transformando o mundo em manchas distorcidas de cores indefinidas.

A sensação do ar cortando seu rosto em uma carícia cruel. O vento rugia em meus ouvidos, ecoando seu próprio lamento de dor e desespero enquanto estou despencando em direção ao abismo abaixo.

A gravidez, esse pequeno milagre dentro dela, é como um peso extra, uma âncora que a puxava para as profundezas. Mas mesmo assim, mesmo na queda livre desenfreada, não sinto medo. Só uma sensação de alívio, de liberdade, enquanto o oceano se aproximava rapidamente abaixo de mim, um mar de possibilidades desconhecidas.

Por quê?”, é o que escuto minha loba pergunta olha